Num ambiente fervoroso no Dragão Arena, com 1.450 adeptos incansáveis nas bancadas, o FC Porto protagonizou uma reviravolta épica ao vencer o Benfica por 3-2, impondo a primeira derrota ao rival no campeonato e conquistando a liderança, agora com 18 pontos. Telmo Pinto (32’), Edu Lamas (40’) e Carlo Di Benedetto (48’) foram os autores dos golos que selaram o triunfo portista.
Fotografia: FC Porto |
O clássico começou com muita intensidade e equilíbrio. Os guarda-redes, Xavier Malián pelo FC Porto e Pedro Henriques pelo Benfica, foram os principais destaques da primeira parte, com intervenções decisivas.
Os Dragões estiveram muito perto de marcar aos 14 minutos. Ezequiel Mena protagonizou uma grande jogada pela direita e assistiu Telmo Pinto, que falhou a finalização. Na recarga, Carlo Di Benedetto viu Pedro Henriques negar o golo com uma grande defesa.
Já perto do intervalo, uma cotovelada de José Miranda a Rafa resultou num cartão azul para o jogador encarnado e num livre direto para Hélder Nunes. No entanto, o camisola 78 dos Dragões não conseguiu superar o guarda-redes adversário, e o empate a zero permaneceu até ao intervalo.
O Benfica inaugurou o marcador logo aos 29 minutos. Após uma cotovelada de Carlo Di Benedetto a Pau Bargalló, que valeu cartão azul ao jogador francês, Lucas Ordoñez aproveitou um livre direto para marcar na recarga e colocar os encarnados na frente (1-0).
A resposta do FC Porto foi imediata. Rafa foi derrubado dentro da área, e Gonçalo Alves teve a oportunidade de empatar na conversão de uma grande penalidade. Apesar de três tentativas, Pedro Henriques manteve a baliza inviolada. Contudo, no minuto seguinte, Telmo Pinto interceptou uma bola no meio-campo, combinou com Rafa e, com grande simplicidade, restabeleceu a igualdade (1-1).
Aos 40 minutos, o FC Porto consumou a reviravolta. Hélder Nunes recuperou a posse atrás da baliza de Malián, Mena avançou pela esquerda e serviu Carlo Di Benedetto, que, fora da sua posição habitual, assistiu com classe Edu Lamas. À boca da baliza, o camisola 6 não perdoou e fez o 2-1.
Já perto do apito final, os lisboetas cometeram a décima falta, permitindo a Carlo Di Benedetto brilhar na conversão do livre direto. Com enorme tranquilidade, tirou Pedro Henriques da jogada e atirou para o fundo das redes, ampliando a vantagem para 3-1.
O Benfica ainda reduziu para 3-2 com um livre direto convertido por Lucas Ordoñez, num lance muito contestado que resultou na expulsão de Ricardo Ares, treinador do FC Porto. Nos últimos segundos, os encarnados pressionaram ao máximo, chegando mesmo a retirar o guarda-redes. Apesar disso, Xavier Malián brilhou ao defender duas tentativas consecutivas de Lucas Ordoñez na marcação de uma grande penalidade, garantindo o triunfo azul e branco.