Heróis do Mar somaram o quarto triunfo no Grupo 1 e confirmaram o sexto apuramento consecutivo para uma grande competição internacional; Europeu do próximo vai decorrer na Alemanha em janeiro.
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Se dúvidas houvesse, as mesmas foram categoricamente desfeitas este domingo, com Portugal a carimbar o apuramento para o EHF Euro 2024, após nova vitória diante da Macedónia do Norte. Com este desfecho, celebrado em comunhão com os muitos adeptos presentes em Matosinhos, os Heróis do Mar voltam a fazer história ao assegurar o sexto apuramento consecutivo para uma grande competição internacional: Europeus de 2020, 2022 (e agora 2024), Mundiais de 2021 e 2023 e Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Sem Miguel Espinha Ferreira entre os postes face ao último duelo em Skopje, foi a vez de Gustavo Capdeville assumir a titularidade e a revelar-se fundamental para que Portugal conseguisse celebrar o apuramento diante dos seus adeptos, em Matosinhos. A entrada em jogo até nem foi positiva, com os macedónios a concretizar um parcial de 1-3, em que o primeiro golo luso aconteceu aos três minutos pela mão de Miguel Martins, outra das peças mais influentes na primeira metade.
A reação dos Heróis do Mar, embalados por um forte apoio no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, traduziu-se num contundente parcial de 4-0, com o último golo a ser apontado por Luís Frade, em situação de inferioridade numérica. Com dois golos à maior, Portugal voltou a sentir algumas dificuldades e permitiu que a Macedónia do Norte chegasse de novo, primeiro ao empate (6-6) e, aos 20 minutos, à liderança (7-8), como já não se via desde o 2-3.
Os comandados de Kiril Lazarov conservaram a dianteira até aos 26 minutos, com Portugal a tentar reverter o cenário recorrendo à utilização do célebre 7×6. Os Heróis do Mar não só conseguiram voltar ao comando, como terminaram a primeira metade com um parcial de 5-0, recolhendo aos balneários com uma inédita diferença de quatro golos. Gustavo Capdeville revelou-se implacável na recuperação portuguesa.
A segunda parte abriu com o guardião de 25 anos a chegar às 10 defesas – com quase 50% de eficácia – e com o parcial português que transitou da primeira parte a ser elevado para 8-0 (18-11), ao fim de quatro minutos.
Perto dos 40 minutos, Kiril Lazarov pediu time-out com o marcador em 21-14, procurando reagir de alguma forma, mas sem sucesso. O jogo tornou-se mais partido, com ações mais rápidas e – em certas alturas precipitadas – mas sem nunca ser posta em causa, quer a superioridade de Portugal, quer a tão esperada vitória. Entre remates travados pelos postes e golos vistosos, a confiança dos Heróis do Mar era inquebrável e o marcador foi oscilando entre os oito e os cinco golos de vantagem, com praticamente todos os jogardes lusos a assinarem os nomes na lista de marcadores.