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28/12/2019

Há 30 anos a 'Geração de Ouro' brilhava pela primeira vez em Riade. Saiba quem eram os 19 heróis e onde estão agora

 

A FPF juntou os heróis do Campeonato do Mundo sub-20 de 1989 para comemorar o 30º aniversário do primeiro título mundial dos portugueses.

Lembre-se de Brassard? E de Valido? Recorde-se de Tozé? Já viu Folha de cabelo comprido? Esses e mais 15 nomes fizeram parte da 'Geração de Ouro' do futebol português. Cumprem-se hoje, dia 3 de março, 30 anos desde que estes jogadores foram campeões do mundo de sub-20 em 1989, em Riade, Arábia Saudita.

Para celebrar esta conquista, a Federação Portuguesa de Futebol promoveu um convívio com a esmagadora maioria destes atletas. Esteve ainda presente o Selecionador Nacional sub-20 de então, Carlos Queiroz, bem como vários elementos da comitiva presente na Arábia Saudita.

Comemoram-se este domingo os 30 anos da conquista do Campeonato do Mundo sub-20, em Riade. Exatamente trinta anos desde que Portugal bateu a Nigéria por 2-0, conquistando pela primeira vez o mais importante título dos escalões de formação. A taça foi erguida a 3 de Março de 1989 pelo matosinhense Tó Zé depois da vitória na final frente aos nigerianos, com golos de Abel Silva e Jorge Couto, e que revestiu de glória o percurso de um grupo de jogadores a que se apelidou de "Geração de Ouro".

A equipa maravilha

Sob o comando de Carlos Queiroz, Portugal ganhou pela primeira vez um título mundial, em Riade. Dos jogadores que alinharam há 30 anos, muitos deles transitaram para a conhecida 'Geração de Ouro' do futebol português. Alguns ainda hoje estão ligados ao futebol, outros enveredaram por outros ofícios.

Bizarro e Brassard eram os guarda-redes da seleção nacional sub-20 da altura. Ambos representavam o Benfica, e ambos continuam ligados ao futebol nos dias de hoje. Bizarro, atualmente com 49 anos, é o treinador do Sporting Clube de Coimbrões. Brassard não chegou a defender as balizas nacionais em nenhum dos jogos do Mundial, mas foi também ele um campeão. Atualmente, com 46 anos, é o treinador de guarda-redes da seleção nacional de sub-21.

Fernando Couto vestia a camisola do Famalicão quando enveredou na aventura do Campeonato do Mundo de sub20. Agora, aos 49 anos, o antigo defesa central deixou para trás o futebol, mas chegou a estar ligado à estrutura do Sporting de Braga.

Valido era outro dos centrais da seleção nacional. Representava o Estoril Praia na altura. Nos dias de hoje, o antigo jogador de 48 anos, é treinador adjunto da equipa B do Benfica. Outro dos jogadores da histórica seleção sub-20 de 1989 era Paulo Madeira, que na altura representava o Benfica. Agora, o antigo central é empresário de jogadores.

Também Mário Morgado figurou na equipa de 1989. Atualmente, o antigo defesa de 49 anos, é treinador adjunto da Oliveirense.  Abel Silva era outro dos defesas da seleção há 30 anos, na altura representava o Benfica. Hoje, com 49 anos está afastado do mundo do futebol, depois de ter deixado o SL Cartaxo em 2017.

Também Xavier abandonou as chuteiras e é atualmente chefe de armazém. Na altura, o médio vestia a camisola do Benfica. No futebol mantêm-se ainda hoje Filipe Ramos, que na altura era médio no Torreense. Hoje, aos 48 anos, é o selecionador nacional da equipa de sub-19.

Hélio Sousa foi campeão em 1989 e levou no ano passado a seleção nacional de sub-19 à conquista do Europeu. Há 30 anos, Sousa era médio no Vitória de Setúbal e participou em todos os jogos do Mundial. Paulo Sousa foi outro dos nomes de Riade. Na altura era médio do Benfica, atualmente o experiente treinador está sem clube depois de deixar o comando técnico dos chineses do Tianjin Quanjian em 2018.

Resende era médio do Farense na altura, hoje está afastado do desporto. Tozé era o último dos médios em Riade. Vestia na altura a camisola do Leixões, atualmente ainda veste a camisola... dos veteranos do Perafita. Entretanto tirou mestrado em Educação Física e Desporto e foi 'personal trainer'.


 

Na linha de ataque esteve Paulo Alves. O antigo avançado jogava no Gil Vicente, emblema que mais tarde treinou. Atualmente, aos 49 anos comanda o Ohod da Arábia Saudita. Já João Vieira Pinto, avançado que representava o Boavista em 89, é nos dias de hoje diretor da Federação Portuguesa de Futebol.

Jorge Couto foi um dos nomes de peso do Mundial de 1989. Na altura vestia as cores do Gil Vicente. Agora, aos 48 anos comanda a equipa B do Boavista. Também António Folha representou a seleção nacional de sub-20 há 30 anos. Em 89, era também ele jogador do Gil Vicente. Hoje em dia treina o Portimonense. Já Amaral era avançado do Académico de Viseu quando foi chamado por Carlos Queiroz. Agora, está afastado do futebol.

Abel Silva, Tozé, Resende, Amaral, Bizarro, Xavier, Morgado e Valido e Brassard foram os jogadores que não chegaram a internacionais “AA”. No pólo oposto, Fernando Couto, João Vieira Pinto e Paulo Sousa deram continuidade ao seu percurso e foram dos maiores representantes da apelidada "geração de ouro", que contou ainda com nomes como Rui Costa e Luís Figo.

Riade 1989: A concretização de um sonho

O arranque vitorioso fez-se frente à extinta Checoslováquia (hoje Eslováquia e República Checa), com um golo solitário de Paulo Alves (Gil Vicente), a dois minutos do final da partida. O mesmo desfecho frente à Nigéria, na segunda jornada do Grupo A, com um golo apontado por João Vieira Pinto (Boavista), aos 79 minutos, garantiu quatro pontos (cada vitória valia, ainda, dois pontos), o que, pela conjugação de resultados, praticamente garantia um lugar na fase seguinte.

Por isso, a derrota, por 3-0, sofrida frente à seleção anfitriã, que ainda assim foi última no agrupamento, não impediu a passagem do combinado lusitano, tanto mais que a Nigéria e a Checoslováquia empataram entre si, a 1-1. Nos quartos de final, a Colômbia sucumbiu ao futebol dos “miúdos” de Queiroz, também por 1-0, tento marcado por Jorge Couto, a cinco minutos do intervalo.


 Com o mesmo resultado, Portugal “despachou” o Brasil nas meias-finais, com Amaral (Académico de Viseu) a “assinar” o golo solitário, aos 68 minutos. Por fim, para contrariar as quatro vitórias de golo único, a Nigéria acabou derrotada, na final, com dois tentos sem resposta, apontados por defesa Abel Silva, aos 44 minutos, e por Jorge Couto, o único jogador luso que marcou mais do que uma vez na competição disputada na Arábia Saudita.

Para a história fica o “onze” titular e substituições: Bizarro, Abel Silva, Morgado, Paulo Madeira, Valido, Tozé, Hélio, Filipe Ramos, João Vieira Pinto (Folha, 89), Jorge Couto e Amaral (Paulo Alves, 88).

 

 

 

 

 

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