Presidente da FPF não esconde o orgulho pela conquista do título mundial de futsal. |
"Costumamos dizer que não há nada que tenhamos conquistado que seja mais importante do que aquilo que ainda nos falta. Com este lema, trabalhamos, todos. Ganhar um Campeonato do Mundo, verdadeiramente global, numa modalidade onde há mais de 150 países que a jogam de forma regular em todos os continentes e sob a égide da FIFA, é um feito cuja dimensão levaremos tempo a entender", começou por dizer Fernando Gomes, no Palácio de Belém antes de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, entregar as insignias comendador da Ordem do Infante D. Henrique à seleção das quinas, prosseguindo.
"Um feito que começa nas mães e nos pais. Em cada mãe e em cada pai que incentiva os filhos a praticar desporto. Segue em cada um dos clubes, nos dirigentes que permitem que as luzes se liguem em cada pavilhão deste país até às tantas da noite para que raparigas e rapazes pratiquem desporto. Este desporto, o futsal, ou qualquer outro. Nenhum é mais ou menos importante do que este. O país só viverá mais momentos como o de ontem se tiver a humildade de, em vez de olhar para o céu quando ganha, olhar antes para como alargar a sua base. Já aqui, senhor presidente, lhe tinha trazido os campeões da Europa de futebol de praia, os campeões do mundo de futebol de praia, os campeões da Europa de futebol, os campeões da Europa de futsal, os campeões da Liga das Nações de futebol. E, agora, aqui lhe trazemos os campeões do mundo de futsal", completou o presidente da FPF.
Fernando Gomes aproveitou, também, para deixar dois agradecimentos especiais: ao treinador Jorge Braz e ao capitão Ricardinho.
"Ao comandante Jorge Braz, na humildade suprema e na simplicidade
que costuma encontrar-se nas pessoas geniais, o meu profundo
agradecimento. Como ele diz, em vez de um título, temos dois agora para
renovar. Uma palavra para o nosso capitão, Ricardinho. O Ricardo teve a
pior lesão que um futebolista pode ter. E, quando o corpo faltou, a
mente sobrou. E foi essa mente brilhante, essa ideia de que era capaz,
que o levou a uma luta solitária e o fez acreditar que recuperar era
possível. O Ricardo é o melhor jogador de futsal da história, e é nosso.
Continuará nosso e lutará sempre por Portugal. Ao seu lado, um grupo
unido e inspirador, que sorriu nas horas do golo e se uniu nos momentos
mais sofridos. Um grupo que foi capaz de esquecer o 'eu' e valorizar
sempre o 'nós'. Eles souberam sempre que cada segundo na quadra ou fora
dela valia a nossa vida. Sim, o que mudou foi mesmo a nossa mentalidade.
Agora, sabemos como ganhar. Ficou para trás a ideia errada do
impossível", sublinhou Fernando Gomes.