O experiente seleccionador transalpino, de 56 anos, alerta para a "mentalidade da 'La Roja', que domina o futebol mundial há vários anos", pelo que considera que "não vai mudar agora".
Para o encontro no Estádio de Wembley, que terá cerca de 60.000 espectadores nas bancadas, Mancini não aponta favoritos e lamenta que muitos adeptos italianos não possam deslocar-se à capital inglesa para apoiar a selecção, devido às restrições motivadas pelo novo coronavírus.
"Parece-me errado que não possa haver adeptos vindos da Itália. Não gosto que não haja metade dos adeptos espanhóis e metade italianos", apontou.
Por fim, deixou elogios ao homólogo espanhol Luis Enrique: "Ele é muito bom. Não apenas porque ganhou a Liga dos Campeões com o FC Barcelona, mas porque todas as suas equipas jogam bom futebol. Isso revela capacidade".
Por sua vez, também o defesa central Leonardo Bonucci marcou presença na conferência de imprensa remota, para colocar-se ao lado do espanhol Álvaro Morata, que recebeu críticas e ameaças durante a competição.
"É um amigo, um grande pai e uma pessoa extraordinária. É um grande avançado e um grande amigo. É um avançado que oferece muitas coisas à sua equipa e um dos melhores do mundo. Amanhã [terça-feira] vai existir uma enorme pressão, é preciso estar atento e eu tenho a sorte que jogue no meu clube [Juventus]", elogiou.
Sobre a selecção espanhola, Bonucci manifestou respeito e enalteceu o crescimento notório do adversário.
"A Espanha, além da sua história, mostrou que está a crescer. Eles [jogadores] merecem o nosso respeito. Ambos temos um estilo e devemos ter cuidado com os seus movimentos sem a bola, será necessária muita atenção quando não tivermos a bola", concluiu.
Além de Itália e Espanha, que se defrontam na terça-feira, a partir das 20:00, também Inglaterra e Dinamarca vão discutir um lugar na final, em Wembley, Londres, mas na quarta-feira, à mesma hora.